quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Xeque-mate

Controle...
....
Controle...
....
Onde foi parar o controle???

Em meio a esta tempestade não consigo saber...
Ventos que uivam...
Ondas que rugem...

Enquanto isso o sol continua imperando radiante do outro lado da janela...

A tormenta se prolonga indefinidamente...
Derrubou os muros... tão altos... tão sólidos...

As cores se confundem diante dos meus olhos...
Já não consigo saber...
Me perco entre letras e linhas...

Entrelinhas....

Imaterial...
Um apetite insaciável de respostas...
Em meio a um banquete de atrozes dúvidas....

Será?...

Não sei...

Neste minuto tudo o que sabia caiu por terra...
Foi varrido pelo furacão que em minha alma passou...

Ou melhor seria está passando?...

[... suspiros...]

Oh.... nem as letras me salvam neste momento tumultuado...
Nem mesmo elas podem expressar...
A confusão...
O caos...
A ilusão...
ou a realidade...

Onde???
Quando???
Como tudo isso começou???
Porque?....

Será obra do acaso ou deboche do destino?

Estava tão segura...
Sabia... conhecia...

E agora?...

Me perco entre meus próprios pensamentos...
Flutuo diante de meu próprio corpo sem a consciência de tê-lo....
Fome... sono... foram-se...

Uma necessidade insana....

Uma charada cruel e escarninha...

Idéias que me assaltam em meio aos mais diversos cenários...

Nesse torvelinho de emoções procuro um norte...
Preciso recuperar minhas pedras... minha muralha...

A urgência é alarmante...

A sirene soa de modo alucinante...
Me avisando do abismo...
E nem assim consigo controlar meus pés....

Seguem imprudentes mar adentro...

Oh céus! Porque tamanho tormento?

Gostaria eu de encarar essa cruzada como tantas outras o fariam...

Mas meu medo me consome...
Arde em minha mente...

Gostaria de encerrar esse lamento com estas letras....
mas sinto que é impossível...
e que durará mais que o previsto...

Em noite me encontro...
Estrelada e pela lua cheia banhada, é bem verdade...
mas ainda assim escura...
Sombria...
Aterrorizante....

Fui tragada pela inofensiva onda de lago calmo...
Sorrateira...
Silenciosa...

Arremessou-me a este arrecife de descontrole e desnorteio...

Encurralada em xeque-mate iminente...

A barca logo vai soçobrar...

Naufrága.... não sei onde segurar...
Não há prancha... nem ilha neste todo que posso olhar...

Preciso... é vital... uma decisão tomar...
Ou reencontro o centro da minha alma...
Ou a deixo este mar desconhecido e apavorante trilhar...

O desfecho que me reserva o destino qual será?...
Ele é o dono da resposta...
Decide se me salva ou me deixa encarcerada por aqui ficar....

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