terça-feira, 25 de novembro de 2008

Labirinto

Gotas finas de solidão me orvalham o rosto...
Uma ânsia incontrolável irrompe a alma...
Não sou capaz de compreender de onde brota tamanha tormenta...

No olho do furacão me perco...
A ventania embaralha ainda mais a mente já tão conturbada...

Sem dúvidas ou presa delas?....
Não sei por onde anda a razão...
Deixou-me solta... encarcerada pela emoção!

Ah..... razão bandida, quando por ti reclamo onde te escondes?
Escarnece de minhas confusões...
Aquém me olhará e dirás: _ Te avisei, tola! Toda ilusão é vã....

Pulsando, confundindo, enlouquecendo....
Eis que reina o coração nestes dias que têm sido verdadeiras noites...

Dias cinzentos, ainda que pintados em cores esmaecidas pelo meu nublado olhar!

Não posso mais andar neste labirinto...

Cansada....
Perdida...

Nem uma estrela por guia me sobrou...
A embarcação das certezas neste torvelinho d´alma soçobrou!....

Onde a lua sempre tão minha amiga?

Onde o sol que as idéias alumia?

Chove.... torrencialmente.... na alma minha....
Procuro em vão um abrigo....

Terei que decidir por onde andar e quem irá comigo!

Escolher se amo ou abandono....
Se alço vôo ou se me acorrento....
Se paz ou tormento...
Se luz ou escuridão...
Se aconchego ou solidão...

Parece simples.... mas...
então, porque não consigo atinar a resposta de pronto?

Ainda tenho um tempo a permenecer neste reino estranho...
que me dá medo tamanho...
que me congela o sangue nas veias....

Mais dia, menos hora... uma estrela irá se acender...
E como guia a terei...
Encontrarei as respostas...
A saída desta tempestade...
As chaves da prisão que me atormenta...
Darei asas à paixão que me invade...

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